quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Conversas com um grande amigo!

Amigo!

Que bom te ver hoje, novamente! Você sabe, eu  preciso de ti para desabafar, trocar idéias, sorrir...Ando meio cansada, sabe? Cansada de remar contra a maré, amigo! Sabe aquela coisa de ficar lutando, lutando e as coisas não acontecerem? É...É isso...Confio em mim, no meu potencial, em minhas capacidades, não confio na mediocridade de nossos tempos! Muita gente quase não sabe falar, como esperar que leiam, entendam, comentem o que escrevemos? Não, não estou me achando a última bolachinha recheada do pacote, aquela mais gostosa. Não estou me considerando essencial na vida das pessoas, imprescindível, a escritora do século, até porque não sou escritora. Longe de mim! Só sou uma pessoa curiosa, interessada no mundo e nas outras pessoas. Tenho interesse nas coisas do mundo. Gosto de escrever. Só.

Quando entro em um relacionamento pressuponho que ele seja uma via de mão-dupla, senão não seria relacionamento! Uma relação necessita de dois lados, do empenho dos envolvidos. Sem o envolvimento, desanda como os bolos retirados antes do tempo do forno! Você não se sente assim, amigo? Você me entende?

Quando decidi que ia fazer meu vestibular para aquele curso, lembra? Aquele que nos rendeu boas risadas? Você achava que não combinava comigo, que exigia uma postura diferente da minha...Eu fiquei chateada, lembra? Achei que você não me achava séria o suficiente...Mas então, quando decidi-me pelo curso, precisei de empenho, muitas horas de estudo...Abdiquei de muita diversão, até de sair com você, só para poder estudar! Justo eu que te amo, amigo! Fiquei dias sem te ver, me dedicando...Queria atingir meu intento. Pois é esse o ponto: dedicação! Temos que nos dedicar quando queremos alguma coisa! É simples assim!

Nós não nos amamos e nos dedicamos um ao outro, mesmo com todos aqueles compromissos infindáveis que nós temos? Mesmo com filhos, família, outros amigos, nós nos amamos e nos dedicamos um ao outro! É disso que estou falando! Da falta de comprometimento! Não sua, da humanidade em geral! É fácil eu esperar que venha a mim o reino dos céus! Não vou entrar lá nunca, não faço nada para isso! Você me entende? É, eu sei que entende. É uma postura infantil, você não acha? Criança que fica esperando que a mãe lhe traga a mamadeira, troque suas fraldas, arranje tudo para ela. Quando levo meus filhos para a escola, não é raro que algum esqueça a mochila, o dever de casa, o lanche. Quando pergunto como eles foram esquecer de coisas tão importantes, sabe o que eles me dizem? Achei que tu tinhas pego, mãe!

Tenho amigos que até hoje não entendem como seus pares lhes deram um chute na bunda, depois de anos de namoro ou casamento. Ora, cansaram! Cansaram de amar sozinhos, de culvitar a relação pelos dois! É isso aí! Relação tem que ser cultivada, como flor! A flor nasce em uma planta que antes foi pequenina e, antes de ser pequenina era semente! Ela não nasce por geração espontânea! Alguém teve que escolher a semente, preparar a terra, adubar, cavar, regar...

Amigo, só você mesmo para me ouvir, ouvir minhas ranzinices. Outros dariam as costas e me deixariam aqui. Mas me diga, estou errada? Agora tenho que ir, a vida continua, amigo! Obrigada, como sempre, pelo apoio que me dás, sempre!





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