quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Menina de 11 anos mata amiga de 6 por inveja

Outro dia falei sobre a inveja. Hoje leio no jornal que uma menina de 11 anos matou uma amiga de 6 anos (sim, eu disse 6 anos!) porque tinha ciúmes. Me deu uma tristeza...O que uma menina de 6 anos poderia fazer para despertar a ira da outra criança? O que a menina de 11 anos viu na amiga que lhe causasse tanta inveja? O que fazia uma menina de 11 anos, que vida tinha, qual era seu estado emocional para ter tanta raiva? Conforme o Jornal do Brasil, a criança maior premeditou o crime e passou muitos dias pensando como o executaria. Gente, deu pra entender? Uma menina de 11 anos premeditou um crime por inveja!
Garanto que os familiares encontram-se aturdidos. Bons ou maus, estão aturdidos. Ninguém fica indiferente a um crime dessa natureza perpretado por um filho, ainda mais tão pequeno. As autoridades também devem estar perplexas. O que fazer com essa criança? Medida sócio-educativa de que tipo? É menor de 12 anos, então não sofre internamento em instituição para menores. Internação em manicômio judiciário? Creio que não exista internação infantil...Tratamento psicológico, psiquiátrico? Sim, talvez seja uma saída, mas...Alguém crê na possibilidade de uma "reabilitação"?
E os pais da menina assassinada, o que sentirão? Qualquer punição, castigo, tentativa de reabilitação não importará para a família da menina morta. Terão raiva pelo resto da vida, talvez desejo de vingança. Meu irmão foi assassinado jovem por causa de trinta reais que tinha no bolso. Era recém-casado. Era cara da paz, gente boa pra caramba, levou uma multidão ao cemitério para as despedidas. Tivemos muita raiva, nós os familiares e amigos. Os assassinos foram presos, sentenciados e morreram na prisão, por culpa única e exclusiva deles mesmos. Se meteram em guerras de facções rivais, pelo que nos contaram. Algumas pessoas falavam em vingança, mas não tínhamos vontade, nem força. Sabíamos que não era esse o caminho e, mesmo que tivéssemos,  o Estado não pode cair nessa. O Estado não tem o papel de colocar em prática vinganças pessoais: ele deve manter a ordem social, tomando as medidas pertinentes. E só. Não pode ir usar força "a mais", exagerar na punição. Na medida do possível, ser justo. Não pode se apiedar dos que sofrem. Tem que ser objetivo, imparcial, sem emoções. Difícil, né?  Qualquer coisa que se faça é pouco para os familiares dessa criança, será pouco também para a família da menor "infratora".
Tenho uma filha de seis anos. Delicada, amorosa, alegre a mais não poder. Sensível, gosta de todo mundo e não vê maldade em ninguém. Como poderá ver maldade se mal viveu, se mal experenciou as relações? Pede muito e ganha na medida, nunca se frustrando com isso, afinal o desejo de consumo lhe é imposto de fora. Não tem realmente vontade de consumir. Vê na televisão que meninas de 6 anos brincam de Barbie, então pede uma. Se não ganha, não lembra, não se chateia. Segue a vida. Essa é a minha filha, doce como mel. Outras não o são, mas mesmo que não o sejam, poderiam causar ódio tão grande a ponto de merecerem a morte?
Fiquei chocada!  Diz aí o que você achou, o que pensa sobre o assunto! Espero você!
Leia mais:

2 comentários:

Aninha Goulart disse...

Oi amiga!
Fiquei horrorizada com isso!
Você tem uma filha de 6, minha mais velha tem 11. A educo desde cedo a diferenciar o certo do errado, o que faz bem, o que faz mal, dou exemplos, mostro situações, acompanho cada passo dela.
Mas nem todos os pais são assim. Muitos deixam os filhos de lado ou sentam e assistem eles se transformarem em pequenos monstros.
Quem são os maiores culpados? Os pais, os amigos, a sociedade,ou a própria criança?
Cada um tem sua parcela de culpa, pois um filho não basta por no Mundo, precisamos ensinar o caminho certo.
Beijos.

Claudinha disse...

Aninha!
Que bom te ver aqui! Eu tenho 3 filhos e vivo com rugas na testa por me preocupar com eles!
Os pais estão deixando para a escola dar limites, porque cansa, estressa...Já vi pai deixar o filho na escola em que meu filho estudava antes, de manhã cedo, de pijama! Pode?
Agora, depois que os filhos viram pequenos monstros, dizem que não sabem onde falharam...
Bjs!