sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Enquanto isso lá no Congresso...


Fui hoje acompanhar um de meus amores ao hospital, para fazer um exame que exigia anestesia. Como sempre acontece nesses lugares, fico triste pensando naquelas pessoas que esperam, muitas vezes sendo desrespeitadas, horas a fio em uma fila, com dor, para serem atendidas por um médico com pressa, que nem olha para o paciente direito, tamanha a pressa.

O meu familiar foi muito bem atendido, médico atencioso, tudo perfeito. Não sofreu com esperas infindáveis, com descaso, com nada. Deu tudo certo, mas não conseguia parar de pensar nos casos em que tudo dá errado.

Tenho uma amiga muito querida que precisou de atendimento pelo SUS há uns três anos atrás. Não exatamente ela, mas sua irmã, a caçula da família. De repente, foi um susto: a menina fora diagnosticada como tendo um câncer do tamanho de uma laranja, ao lado do coração. Imaginem o sofrimento da família, a dor da mãe! E elas não tinha plano de saúde! Por sorte a minha amiga, irmã da doente, é muito bem relacionada e "descolou" um leito pelo SUS para que a menina se tratasse. Não me perguntem como ela conseguiu. Ela conseguiu e pronto. Mas sabem o que aconteceu? A quimioterapia era feita pelo SUS, mas as consultas tinham que ser particulares, porque a médica do primeiro dizia tudo errado!

Minha amiga teve que apelar para tios e primos (e graças a Deus tinha tios e primos muito queridos!) para pagar as consultas médicas, para evitar que a irmã morresse. A médica do SUS, inclusive, sonegou a informação de que havia um medicamento caríssimo que dava à menina noventa porcento de chance de cura e que esse medicamento poderia ser conseguido através da prefeitura!

Bem, hoje a menina encontra-se curada. O câncer regrediu e não mais voltou. Então, toda vez que vou a um hospital fico pensando nesse caso e naqueles que sofrem. Juro sempre que um dia vou fazer um trabalho voluntário em um hospital público, auxiliando os doentes que esperam muito tempo, dando informações, fazendo qualquer coisa para amenizar o sofrimento desse povão.

E lá no Congresso Nacional, mama quem pode...

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